Da Comunicação Sinpol-DF Reunidos em assembleia na tarde desta terça, 1º de novembro, os policiais civis do Distrito Federal, convocados pelo Sinpol-DF, deliberaram por uma nova paralisação a partir das 8h desta quinta, 3 de novembro, com duração de 48 horas. A mobilização terá como ato principal, às 8h da quinta, o bloqueio total do acesso ao Complexo da Polícia Civil do DF (PCDF). Isso dependerá, contudo, do comparecimento de no mínimo de 100 policiais civis ao local, para que os dois portões do complexo sejam bloqueados e nenhum servidor consiga entrar - nem mesmo funcionários terceirizados que prestam serviço terão acesso às dependências da PCDF. O objetivo é fortalecer ainda mais a adesão ao movimento. A “PCDF Legal” está mantida e a cartilha específica da operação será acrescida de mais itens a fim de engessar ainda mais o trabalho nas unidades. “Nossa avaliação do movimento é que a “PCDF Legal” é o caminho correto, com
paralisações esporádicas de 24 ou de 48 horas. Ainda não acreditamos em greve com resultado efetivo, pois é uma estratégia que tende a enfraquecer com o tempo”, explicou Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF.
GOVERNO Gaúcho lembrou que a intensificação do movimento é necessária diante da inércia permanente do Governo do Distrito Federal (GDF) em enviar a mensagem que mantém a paridade com a Polícia Federal (PF) - cujo
projeto de lei já está em andamento no Congresso Nacional.
Leia mais: Bancada do DF defende isonomia e vai buscar agenda com Temer “Tivemos uma reunião com o governador há 15 dias, após provocação do bloco do Cláudio Abrantes. Ele ficou de
reabrir a negociação, mas não deu retorno até o momento. Essa é a prova de que nossa isonomia não vai cair do céu. Temos que lutar. Não podemos desistir”, conclamou. A assembleia desta terça ocorreu em um local fechado - o auditório do campus Sul do Iesb - e com acesso restrito aos filiados porque havia a possibilidade de a base do Sinpol-DF discutir o aceite à última proposta apresentada pelo GDF, uma vez que Sindepo havia lançado o debate sobre isso na semana passada. Porém, o tema foi sucumbido na última assembleia dos delegados que refutaram essa medida.
UNIÃO “Nós estamos firmes no nosso pleito. O que está à mesa [de negociação], e vai ficar, é a paridade. Nossa proposta é essa. Quem tem que fazer contraproposta é o governo”, ponderou Gaúcho. Ainda segundo o presidente do Sinpol-DF, depois da movimentação que os dois sindicatos realizaram no
Palácio do Planalto, a União sinalizou a favor do pleito dos policiais civis. No entanto, o governo federal não dispensará o envio da mensagem por parte do Rodrigo Rollemberg para atendê-lo. “Quando o governo não nos dá um horizonte, a gente chega a desanimar. Mas temos que perseverar. Vamos para a frente das delegacias nessas 48 horas. Temos que fazer isso. Nossa paridade é fundamental”, recomendou.
DELIBERAÇÕES Após a manifestação de vários policiais civis sindicalizados, houve a votação das ações a serem executadas. Além da paralisação por 48 horas com o ato de bloqueio completo no Complexo, ficou decidida a manutenção da “PCDF Legal”, com a inclusão, na cartilha específica da operação, das seguintes medidas: - Continuidade das investigações contra a Administração Pública; - Não cumprir ordem superior que vá de encontro às diretrizes da PCDF Legal; - Toda solicitação de perícia deve atender à ordem cronológica, inclusive as que se relacionam com casos de cadáver em local de crime, realizadas pelas equipes de morte violenta; - Os plantonistas das delegacias deverão emitir a Guia de Recolhimento de Corpo apenas depois do término da perícia no local do crime; - A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) deve continuar apenas as investigações de casos que ofereçam riscos para vítimas; - As ocorrências deverão respeitar a ordem cronológica para virar investigação, sem o atendimento a pedidos especiais de mudança de ordem; - Não cumprir mandado de prisão nos postos do “Na Hora” quando não houver o mínimo de três papiloscopistas lotados na unidade; Quanto à mobilização em torno da isonomia, foi deliberado que: - Haverá a abertura de um processo de expulsão do Sinpol-DF contra quem assumir chefia neste momento; - O pedido das exonerações dos cargos entregues por todos os policiais civis, há mais de três meses, será reiterado; - Serão destinados pequenos grupos de policiais para realizar ações junto aos deputados distritais, tendo o Sindicato a frente do movimento, para solicitar a alteração na Lei Orçamentária do GDF no sentido de inserir nela a previsão para a recomposição salarial dos policiais civis; - Propor ao Sindepo ação conjunta contra jornalista "Marcão do Povo", da TV Record, que tem, deliberadamente, difamado os policiais civis e a PCDF.
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