Aprovados em concurso para agente e escrivão da Polícia Civil cobram nomeação
26/01/2015 16:22
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) participou, junto com a comissão que representa os 500 aprovados no último concurso da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), de uma reunião com a diretoria-geral da instituição na última quinta, 22. O encontro teve como pauta a nomeação dos agentes e escrivães, que já concluíram todas as etapas do processo seletivo, incluindo o curso de formação. Eles foram recebidos pelo diretor-geral da PCDF, Eric Seba, pelo adjunto, Anderson Spíndola, pelo assessor jurídico da instituição, o delegado Rossi Farias, e pelo diretor do Departamento de Administração Geral da Polícia Civil, o delegado Silvério Moita. O deputado Reginaldo Veras, a convite da comissão de aprovados, também esteve na reunião. O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, o “Gaúcho”, diz que, quando questionados, os representantes da Direção da PCDF confirmaram que a nomeação desses agentes e escrivães é uma prioridade. “Todos os representantes da Polícia Civil confirmaram que essa é uma necessidade, principalmente diante da defasagem em que se encontra o efetivo”, afirma. Ainda segundo ele, o deputado Ronaldo Veras se comprometeu a levar a questão aos poderes Executivo e Legislativo, para que essas nomeações ocorram o mais rápido possível. Uma das sugestões dadas pelo Sinpol-DF é que seja estabelecido um calendário com nomeações mensais. “Deixamos claro que essas nomeações são uma necessidade imediata, em razão do baixo efetivo e das aposentadorias dos últimos meses”, acrescentou Gaúcho. Redução do efetivo De acordo com um levantamento do sindicado, apenas neste ano 500 policiais irão se aposentar. “Além dessas nomeações, será necessária a convocação de um novo concurso. Temos acompanhado de perto essa questão, que é uma das nossas reivindicações”, destaca o presidente do Sinpol-DF. O número de aposentados, porém, pode ser ainda maior de acordo com o primeiro vice-presidente do sindicato, Renato Rincon. Naquela estimativa, segundo ele, não foram considerados os policiais que ainda não averbaram o tempo de serviço de outras atividades profissionais exercidas antes do ingresso na Polícia Civil. “Estamos com o menor efetivo dos últimos 16 anos. Apenas nos últimos quatro anos, houve uma redução de 15% no número de agentes de polícia e 19% de escrivães. Precisamos desses 500 aprovados para atender melhor à população”, afirma Rincon. Prejuízos à população Com esse quadro, o trabalho realizado pelos policiais civis está deficitário, prejudicando, assim, a população do DF. “As delegacias geram 15 mil ocorrências por ano. Com o efetivo atual, é impossível investigar. A população sofre, pois o atendimento não é o mesmo. Os serviços essenciais precisam ser mantidos, pois as investigações estão em segundo plano. A Polícia Civil não pode ficar restrita apenas ao atendimento em balcão”, acrescenta o primeiro vice-presidente do Sinpol-DF. Ainda este mês, o Governo do Distrito Federal publicou uma nova norma que possibilita a convocação dos excedentes do último concurso para a Polícia Civil. São 217 candidatos que ainda não passaram pelo curso de formação. No entanto, ainda há mais de duas mil vagas em aberto apenas para o cargo de agente de polícia, o que indica a necessidade de mais concursos. Sobre o Sinpol-DF – Fundado em 1988, o Sindicado da Polícia Civil do Distrito Federal representa agentes de polícia, médicos legistas, peritos criminais, escrivães, agentes penitenciários, papiloscopistas e delegados na defesa dos interesses de classe e no relacionamento com governos Distrital e Federal, e com a Câmara Legislativa do Distrito Federal e o Congresso Nacional. A nova diretoria assumiu em maio deste ano e entre os principais pleitos estão: a valorização profissional, a reestruturação da carreira e o reconhecimento definitivo de todos os cargos que compõem a carreira de Polícia Civil como de nível superior.
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Nota de Pesar
Luto
Godoaldo Moslaves, agente de polícia gebiano
Godoaldo é pai de Carlos Eduardo Moslaves, agente de polícia veterano da PCDF, e deixa um legado de dedicação, coragem e compromisso com a segurança pública. Sua história de vida foi marcada pelo trabalho incansável em prol da sociedade, sempre com a ética e o respeito que a profissão exige.

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