Papiloscopistas discutem propostas para as atribuições do cargo

Papiloscopistas foram o segundo grupo a participar dos encontros e fazer sugestões ao Grupo de Trabalho (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Nesta segunda, 10, a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) deu prosseguimento à agenda de encontros com a categoria para discutir a atualização das atribuições de cada carreira, que resultarão nos documentos apresentados ao grupo de trabalho (GT).

Desta vez a reunião foi dedicada aos papiloscopistas da Polícia Civil do DF. Na semana passada, houve o encontro com os agentes policiais de custódia.

Leia mais: GT traça novo cronograma para redefinição das atribuições

Ao abrir o encontro, no auditório da sede do Sinpol-DF na Asa Norte, o presidente do sindicato, Rodrigo Franco, o Gaúcho, destacou a modernização das atribuições como um dos eixos principais para garantir a reestruturação da Polícia Civil, que passa ainda por dois passos essenciais.

“A redefinição das atribuições faz parte do tripé que inclui também o reconhecimento de nível superior e, por fim, realinhamento salarial”, disse Gaúcho.

Rodrigo Meneses, da Asbrapp, diz que a expectativa é ter as sugestões acatadas na reunião do GT

Ele destacou, ainda, a constante participação dos papiloscopistas na discussão desse assunto. Historicamente ativos e organizados, eles já haviam proposto ideias durante as plenárias do ano passado, realizadas com o mesmo propósito.

O papiloscopista Moisés Andrade, 45, participou da discussão e lembrou a importância do encontro e da participação dos colegas para a consolidação de mudanças tais como a modernização das atribuições.

“Acho essencial que o Sinpol convoque as categorias e que ouça dos próprios integrantes qual é a realidade do trabalho; o que o perito em papiloscopia faz”, avalia Moisés.

PERITOS OFICIAIS

A discussão das atribuições na PCDF vem em um momento crucial na história da categoria. Recentemente, o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) reconheceu o trabalho deles como uma atividade de natureza técnico-científica digna da nomenclatura de perícia.

Discussão em torno das atribuições vem em um momento histórico para os papiloscopistas da PCDF

Essa é uma reivindicação antiga dos papiloscopistas, que tem enfrentado resistência dos peritos criminais. Há dois anos, a Associação Brasiliense dos Peritos Criminalistas (ABPC) impetrou uma ação para que os papiloscopistas não pudessem assinar laudos e se identificar como peritos, como acontece hoje. Nesta semana houve o provimento do recurso interposto reformando a decisão.

“Essa é mais uma decisão favorável. Sempre que vamos à Justiça, colhemos frutos muito positivos para nós”, explica Fabíola Cruz, vice-presidente da Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrapp).

As propostas definidas na reunião desta segunda serão apresentadas ao Grupo de Trabalho no dia 3 de setembro. Rodrigo Meneses, presidente da Asbrapp, apresentará o documento representando os papiloscopistas.

Rodrigo acredita que o texto deve ser acatado sem impasses. “A expectativa é que o documento seja aceito da maneira como foi concebido. Hoje pudemos discutir bastante. Houve um aprofundamento técnico muito rico, e o material final ficou muito bom”, avalia.

PERITOS CRIMINAIS

Embora convocados como todos os demais cargos, os peritos criminais não compareceram à sede do Sinpol-DF nesta terça, 11, quando estava marcada a reunião com eles para discutir as atribuições.

As próximas reuniões discutirão as atribuições dos agentes de polícia (dia 17 deste mês) e dos escrivães (dia 24).

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