Na tarde desta quinta, 01, representantes do governo federal apresentaram aos parlamentares da bancada do DF no Congresso o Projeto de Lei (PLN) que trata do reajuste das carreiras policiais civis do DF.
A proposta apresentada é pela concessão de três parcelas: 9% em julho de 2023, 4,5% em janeiro de 2024 e 4,5% em janeiro de 2025. A informação gerou revolta em parlamentares e sindicatos que acompanhavam a reunião.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), Enoque Venancio de Freitas, denunciou o descumprimento do acordo feito em abril entre o governo federal e a bancada do DF na Congresso, anunciado em plenário pelo líder do governo na Casa, senador Randolfe Rodrigues.
“Estamos indignados com o projeto do governo. O acordo firmado no Congresso Nacional foi o de cumprir com a proposta do reajuste nos moldes em que foi elaborada pelo GDF: 18% em parcela única”, explicou Enoque Venancio, presidente do Sinpol-DF.
O representante sindical expôs que é unânime entre a categoria o sentimento de que a situação de defasagem salarial vivida há anos pela PCDF foi tratada com descaso na construção da proposta.
“São mais de 10 anos de desvalorização e nos deparamos, agora, com um cenário que não suprirá as nossas perdas salariais. É uma proposta que demonstra a falta de vontade do governo federal em valorizar a segurança pública do DF”, destacou o sindicalista.
Em estado permanente de Assembleia desde 5 de maio, os policiais civis serão convocados para uma AGE, quando a categoria discutirá a proposta apresentada pelo governo federal e também deliberará ações de mobilização.
Com a rejeição generalizada de parlamentares e representantes das entidades sindicais, o governo federal abriu uma janela de renegociação e se comprometeu a realizar uma nova reunião para o fechamento do projeto, agendada para ocorrer no dia 12/06.