Na assembleia geral realizada nesta quarta-feira (6) em frente ao Palácio do Buriti, cerca de três mil policiais civis decidiu pela continuação da greve por tempo indeterminado. A deliberação ocorreu devido ao descaso que o GDF insiste em tratar a categoria. O vice-presidente do Sinpol Ciro de Freitas esclareceu que em diversos pontos da reunião que aconteceu nesta terça-feira (5) com o secretário de administração do GDF Denílson Costa foi afirmado que o governo local está sem autonomia perante o Governo Federal. “É desapropriado o discurso da interferência do Governo Federal, pois o que pleiteamos está de acordo com o Fundo Constitucional do DF”, ressaltou Ciro. Ele acrescentou ainda que em relação ao movimento de greve, o mesmo juiz do Tribunal de Justiça que determinou o retorno imediato das atividades policiais, acatou uma das alegações do corpo jurídico do Sindicato e se declarou incompetente para julgamento do mérito. Ainda durante a assembléia chegou uma nota do GDF alegando que não há verba suficiente para atender aos anseios da categoria e que estão sendo estudadas alternativas para futuros aumentos na remuneração dos servidores púbicos do DF. O diretor do Sinpol André Rizzo destacou que a nota só reforça que o responsável pela paralisação da categoria é o atual governo que está descumprindo o que assinou na Carta Compromisso em setembro de 2010 quando ainda era candidato ao cargo. “Todos sabem que o fundo é superavitário e não há razões para o governo continuar negando as nossas reivindicações”. Para o presidente do Sinpol e deputado distrital Wellington Luiz a nota é um desrespeito aos policiais civis, uma vez que na reunião com o secretário de administração foi cogitada a proposta de um reajuste de 11%: “Se havia a possibilidade dessa proposta e hoje o governo se manifesta alegando não ter recursos para aplicar nenhum reajuste é falta de respeito com a categoria e com a população que sofre as consequências das medidas adotadas pelo GDF”, destacou Wellington. Os deputados distritais Dr. Michel e Claudio Abrantes que também participaram do movimento enfatizaram o apoio à categoria e ressaltaram que sempre estiveram presentes em todas as reuniões que trataram do pleito. “Somos policiais civis e acreditamos que unidos chegaremos à vitória”, disse Dr. Michel. Claudio Abrantes afirmou que sempre fez questão de estar presente na mesa de negociação e que seu mandato é comprometido com a causa dos policiais civis. Ao final, a categoria saiu em carreata até o Congresso Nacional, retornando à Praça do Buriti. Foi definida ainda nova assembléia para a próxima terça-feira (12), às 15h também em frente ao Palácio do Buriti. 04_06_nota_gdf   GALERIA DE FOTOS