06.08.18 - Sessão solene na CLDF - Dia do Escrivão de Polícia

Da Comunicação Sinpol-DF

A tarde da última segunda, 5, foi de celebração para dezenas escrivães homenageados em sessão solene realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O evento foi promovido pelo Sinpol-DF, em parceria com o deputado distrital Claudio Abrantes (PDT), em alusão ao Dia do Escrivão de Polícia, comemorado na mesma data.

A solenidade fez tributo a diversos profissionais – tanto da ativa quanto aposentados – indicados pela Associação dos Escrivães de Polícia do Distrito Federal (Aesp-DF), pelo Sinpol ou pelo gabinete do parlamentar. O evento serviu como um momento de reconhecimento público da importância do trabalho realizado por esses servidores. Confira também no vídeo abaixo

Além de um certificado oferecido pelo sindicato, cada um também recebeu uma menção honrosa da Câmara Legislativa como agradecimento à dedicação sempre demonstrada ao sistema de Justiça e à população brasiliense.

“A figura do escrivão é importantíssima na engrenagem da Polícia Civil e estão todos de parabéns pelo trabalho que têm desempenhado para o crescimento da instituição”, destacou o deputado Claudio Abrantes, ao iniciar a solenidade.

Paulo Sousa, vice-presidente do Sinpol-DF, destacou as dificuldades enfrentadas pelos policiais civis no cotidiano

“Essa é a primeira sessão solene após o pleito eleitoral e, agora, nós temos ainda mais condições para celebrar a data”, afirmou o parlamentar. “Depois da demonstração de força da categoria, durante o processo eleitoral, temos esperança de que a Polícia Civil do Distrito Federal voltará ao patamar que sempre teve e que nunca deveria ter sido retirado”, acrescentou.

RECONHECIMENTO

“Falta de efetivo, de condições de trabalho, de equipamentos são dificuldades que todos os policiais civis têm enfrentado nas delegacias”, pontuou o escrivão e vice-presidente do Sinpol-DF, Paulo Roberto, ressaltando, por outro lado, que “os escrivães, principalmente, têm trabalho muito acima da capacidade laboral que deveria ser exigida”. Ele destacou, ainda, a necessidade de aumento da proporção de vagas direcionadas ao cargo em futuros concursos.

Para Alex Galvão, sindicato precisa fomentar o reconhecimento uma vez que ele não vem do estado e nem da polícia

“Por conta dessas dificuldades que temos enfrentado nos últimos anos, muitos colegas questionam eventos como este, afirmando que não temos o que comemorar”, reconheceu Alex Galvão, diretor do Sinpol-DF e vice-presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol).

“Se a instituição não faz, se o Estado não tem essa preocupação, somos nós, enquanto entidade representativa e enquanto categoria, que temos que fomentar esse reconhecimento. Nós precisamos ser os primeiros a valorizar o nosso trabalho, reconhecer tudo que foi feito por essas pessoas que aqui estão aqui, sua importância para a prestação de serviço que a PCDF e o escrivanato fazem à sociedade”, justificou Alex.

TRABALHO

Representando a categoria, a escrivã aposentada Maria de Fátima também compôs o dispositivo da sessão solene. No oportunidade, ela destacou como o volume de trabalho a assustou ainda no primeiro momento na PCDF, quando entrou na instituição em 1995. “Era muito trabalhoso, mas eu gostava muito. Sempre tive muita garra para desempenhar o meu papel, e espero que os novos policiais atuem da mesma forma”.

Maria de Fátima, escrivã aposentada, representou a categoria à mesa e lembrou dos tempos de atividade na PCDF

“Os escrivães são uma categoria que, de fato, merece os parabéns, porque consegue materializar todos os procedimentos que vão servir, lá na frente, para o judiciário”, analisou Francisco Expedito de Melo, vice-presidente da Aesp-DF. “É um trabalho que deve ser feito com perfeição, mesmo em meio a uma quantidade imensa de inquéritos. Isso demonstra que o escrivão é um administrador nato, especialmente do seu tempo. Por isso, estão todos de parabéns”, concluiu.

Homenageados receberam moção da CLDF e certificado do Sinpol-DF

Entre os homenageados, o escrivão Marco Roberto de Carvalho ressaltou a necessidade de ampliação das discussões sobre o cargo único na Polícia Civil e recordou da escrivã Jozinei Cirqueira Carvalho – assassinada, em 2006, enquanto trabalhava na 12ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga. “O ambiente policial implica riscos para todos, como ocorreu com a saudosa Jozinei, com quem eu trabalhei. Reconhecendo o sacrifício dela, eu parabenizo os demais”, colocou o escrivão.

“Nós, enquanto servidores, sentimos muita falta desse tipo de incentivo. O sindicato acaba compensando a lacuna deixada pela própria Polícia, pois não há um envolvimento da Direção-Geral em ações desse tipo”, avaliou a escrivã Marina Passebon, também homenageada.

Solenidade ocorreu na mesma data em que se comemora do Dia do Escrivão de Polícia

“Nós temos sempre pouco efetivo, somos muito cobrados, muito criticados, mas eu gosto muito de ser escrivã”, contrapôs Marina. “Nós enfrentamos grandes dificuldades na carreira, e é muito justo que haja essa valorização. Eu adoro o que faço e, por isso, fiquei muito feliz com a homenagem”, revela a policial.

 

 

 

 

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