Da Comunicação Sinpol-DF

Michael foi rendido e preso pela policial civil Thais Alencar (Foto: Arquivo Pessoal)

Na manhã da última quarta, 18, uma policial civil que estava de folga foi responsável pela prisão de um assaltante em Ceilândia Norte. A papiloscopista Thais Barbosa Alencar interveio em uma tentativa de roubo, interrompendo as sucessivas agressões do criminoso e impedindo que a vítima fosse, então, assaltada.

Era pouco antes de 7h da manhã quando Thais, que estava na casa da mãe, em Ceilândia Norte, ouviu gritos vindo da rua. Ao averiguar a situação e perceber que se tratava de uma tentativa de roubo, a policial civil buscou sua arma e foi de encontro ao criminoso.

Pouco antes, Michael André Araújo, de 21 anos, havia descido de um Palio cinza e começado a agredir o senhor Damião C. C., de 51 anos, que ia para o trabalho e caminhava em direção à estação do metrô. Visivelmente alterado, o assaltante imobilizou a vítima e, em meio a socos e golpes com uma barra de ferro, exigia a entrega do aparelho celular. Com tamanha violência, Damião acabou com o polegar da mão esquerda quebrado.

Foi nesse momento que Thais chegou. De arma em punho e identificando-se como policial, ela impediu que as agressões continuassem e também a fuga do criminoso. Michael chegou a tentar dar partida no carro e, quando não conseguiu, correu a pé. No entanto, foi logo alcançado pela policial civil, que o perseguiu utilizando o veículo da mãe.

PRISÃO

O bandido foi capturado e algemado por Thaís e, em seguida, com o auxílio de policiais militares que atenderam à ocorrência, levado à 23ª Delegacia de Polícia (DP), no Setor P Sul, em Ceilândia. Antes disso, Michael chegou a oferecer R$ 2 mil à policial civil em troca da liberdade. Ela, entretanto, filmou a tentativa de suborno e apresentou como prova na DP. Confira abaixo.

Além da vítima e da papiloscopista responsável pela prisão, outras testemunhas foram ouvidas, inclusive o proprietário do veículo que o bandido utilizava na hora do crime – furtado horas antes. A ação rápida da policial civil, portanto, contribuiu para solução de mais crimes além dos que foram presenciados.

Segundo Thais, o fato de estar de folga não reduz o censo de responsabilidade na defesa da população e, por isso, entrou em ação de forma instintiva. “Tudo aconteceu muito rapidamente, mas enquanto policiais, nós temos que estar prontos para agir a qualquer momento, não apenas durante o nosso expediente”, ressalta a papiloscopista.

“Eu não enxerguei apenas o dever de não ser omissa frente ao conflito em andamento, mas me senti privilegiada pela oportunidade de contribuir para o restabelecimento da ordem e para a preservação da integridade e vida da vítima”, reconhece Thais. “Honrar o compromisso firmado quando me tornei policial e devolver segurança à sociedade por meio da ação diligenciada são as realizações que levo do ocorrido”, finaliza.

ANTECEDENTES

Em audiência de custódia realizada na última sexta, 20, a prisão em flagrante de Michael André foi convertida em prisão preventiva e ele deverá continuar encarcerado até o julgamento.

A decisão do juiz foi motivada pela periculosidade demonstrada pelo criminoso com a maneira violenta em que cometeu o delito. Além disso, entre roubo, furto, porte ilegal de arma e tentativa de homicídio, ele já tinha nove passagens pela Polícia – algumas de quando ainda era menor.

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