Com informações do Jornal Hoje

Um confronto entre facções rivais na cadeia pública de Itajaé, no Ceará, na manhã desta segunda, 29, resultou na morte de dez presos. O conflito ocorreu menos de dois dias depois de uma chacina – a maior já registrada no estado – que levou à morte 14 pessoas em uma festa.

A Polícia Civil do Ceará investiga se a chacina, ocorrida na madrugada de domingo, 28, tem alguma relação com a guerra entre aquelas facções. No mesmo dia, na região metropolitana de Fortaleza, aconteceu um outro atentado, com características semelhantes, porém, sem vítimas.

Além desses três episódios, 14 assassinatos foram registrados no fim de semana em diversos pontos da capital cearense. Esse número, contudo, não foge da infeliz realidade do estado: em 2017, o Ceará registrou mais de cinco mil homicídios, 50% a mais que em 2016 – uma média, justamente, de 14 assassinatos por dia.

Ao repercutir o caso, a Rede Globo, durante o Jornal Hoje também desta segunda, entrevistou o professor de Direto da Universidade Federal do Ceará (UFC), Cândido Albuquerque. Para ele, a estratégia de combate ao crime organizado precisa mudar (veja no vídeo acima).

“No Ceará, nós insistimos e vem se cometendo esse erro há muito tempo: investe-se na Polícia Militar em detrimento da Polícia Civil. A Polícia Civil do Ceará, hoje, não tem condições, pelo seu pequeno contingente, de investigar nada. Enquanto o crime está organizado, a polícia está deficitária. Esse erro é primário”, afirmou.

O docente confirmou, portanto, o que já vem sendo denunciado, no Distrito Federal, pelo Sinpol-DF: a prioridade dos governantes tem sido investir na polícia ostensiva em detrimento da polícia investigativa porque, assim, cria-se uma falsa sensação de segurança para a população, enquanto os crimes, dos mais variados tipos, sobretudo os de corrupção, não são investigados como deveriam.

Confira a reportagem completa da TV Globo aqui.

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