Diretoria do Sinpol-DF entregou pauta de reivindicação com onze itens (Fotos: Comunicação Sinpol-DF)
Diretoria do Sinpol-DF entregou pauta de reivindicação com onze itens (Fotos: Comunicação Sinpol-DF)

A diretoria do Sinpol-DF apresentou na quinta, 26, à subsecretária de Relações Institucionais e Sociais do Governo de Brasília, Mari Trindade, uma pauta de reivindicações.

Ao entregar o documento, endereçado ao governador Rodrigo Rollemberg, o presidente do sindicato, Rodrigo Franco, o Gaúcho, ressaltou que algumas delas não representam impacto financeiro aos cofres públicos – e, por isso, dependem apenas de vontade política para sair do papel.

“Estamos na expectativa de uma reunião no MPOG [Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão], quando uma proposta nos será apresentada – seguindo o que for proposto à Polícia Federal e demais carreiras do executivo federal. É importante que o GDF já esteja preparado para isso. Sabemos que o Governo de Brasília está em crise, mas nós também estamos. A inflação corroeu nossos salários”, diz Gaúcho.

RECOMPOSIÇÃO

Ele voltou a mencionar que tanto no âmbito distrital quanto no federal, a carreira da PCDF ficou de fora da reestruturação concedida pelos governos. “A recomposição salarial é uma realidade urgente. Nós não vamos abrir mão desse direito. A gente quer diálogo e já apresentamos uma proposta de solução”, afirma o presidente do Sinpol-DF.

Reuniao com a SRIS no GDF - Comunicacao Sinpol-DF (3)
Gaúcho ressaltou que pautas sem impacto financeiro dependem apenas da vontade política do governo

Para a vice-presidente do sindicato, Marcele Alcântara, a proposta do Sinpol-DF “vai abrir a oportunidade de negociação”. O Secretário Geral do Sinpol-DF, Paulo Roberto Sousa, também presente ao encontro, emendou lembrando a questão da isonomia. “Nós acreditamos que haverá uma proposta de reajuste para a Polícia Federal e para a Polícia Civil. Precisamos que ela seja garantida”, reivindica.

O vice-presidente Renato Rincon acrescentou, ainda, que no âmbito do Fundo Constitucional, a PCDF perdeu mais de R$ 40 milhões que foram destinados à Polícia Militar para garantir o reajuste salarial da corporação.

“Ainda há R$ 500 milhões do Fundo Constitucional destinados à Segurança Pública que não foram executados. Apenas 2% do orçamento da PCDF para este ano foi executado. Temos que garantir a alocação desses recursos”, cobra Rincon.

Mari Trindade afirmou que o governador Rodrigo Rollemberg “tem cobrado do governo federal a recomposição do Fundo Constitucional”, mas ainda não há qualquer previsão de que esse repasse seja feito.

A subsecretária voltou a mencionar as dificuldades financeiras do governo, evitando fazer promessas, mas não refutou a proposta do sindicato. “Nós não podemos nos comprometer com questões que apresentem impacto financeiro”, adverte.

PLEITOS

No conjunto de pautas sem ou com impacto financeiro reduzido, a diretoria do Sinpol-DF solicitou que o governador do DF se comprometa em assinar o decreto atualizando as atribuições dos cargos da Polícia Civil e a enviá-lo à Presidência da República, para que a presidente Dilma Rousseff encaminhe ao Congresso Nacional.

Nos próximos dias esse documento, finalizado nesta quinta, 26, após meses de trabalho por um Grupo de Trabalho, será enviado ao governo. A intenção é que essas atribuições sejam transformadas também em uma lei federal.

“Essa é uma pauta importantíssima e com grandes efeitos não só no cotidiano, mas na autoestima do policial civil. Não há custo algum para o governo e será um grande salto para a categoria”, confirma Gaúcho.

A nomeação dos 428 aprovados no último concurso foi outra questão posta à mesa. A diretoria do sindicato lembrou que apenas em 2015, 523 policiais civis se aposentarão, aumentando ainda mais o déficit no efetivo – que já está em 50%. “É uma recomposição que não repõe. Temos quatro mil cargos vagos”, destaca o presidente do Sinpol-DF.

Também foram discutidas a majoração dos auxílios creche e alimentação, a normatização dos procedimentos realizados pelos policiais civis e a mudança na regulamentação da progressão na carreira, por decreto do governador, fazendo com que a progressão dos servidores volte a ser pela data da posse.

DIÁLOGO COM A PCDF

A diretoria se queixou, ainda, das deficiências na interlocução com a Direção Geral da PCDF. Embora o sindicato envie ofícios com as reivindicações, não tem obtido respostas. Muitas das reivindicações colocadas na mesa com o GDF poderiam ser tratadas e resolvidas pela PCDF.

Um exemplo é o concurso de remoções. Essa era uma das reivindicações da greve deflagrada em setembro. Na época, tanto o governador Rodrigo Rollemberg quanto o diretor-geral da PCDF, Eric Seba, prometeram que ela seria atendida. E essa promessa foi considerada para o fim do movimento paredista.

Apenas nesta quinta, após quase 2 meses, contudo, houve a primeira reunião do GT que discutirá o modelo a ser adotado na PCDF. a diretoria entende que o diálogo é necessário até porque as propostas da Direção e do sindicato podem ser consoantes.

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