Os policiais civis se reuniram em assembleia nesta segunda-feira (27) a fim de deliberar sobre as mobilizações durante o período de greve e fazer um balanço do movimento.
O presidente do Sinpol Ciro e Freitas informou que o Sindicato está fazendo levantamento do movimento paredista e que a adesão dos policiais está sendo positiva. Ele ressaltou ainda que estava pré-agendada reunião com representantes do governo no Ministério do Planejamento para esta terça-feira (28), mas até o momento não houve confirmação.
“Sábado (25/8) aconteceu um encontro entre o MPOG e representantes de algumas categorias essenciais ao Estado, onde foi apresentada a proposta de um reajuste 15.8%, dividido em três anos. As carreiras recusaram esse percentual, uma vez que não atende aos anseios dos servidores. Da mesma forma, os Policiais Civis merecem ser tratados com o devido respeito e ter os seus pleitos efetivados de acordo com o que foi solicitado, e na mesma linha de outras categorias não podemos aceitar migalhas”, disse Ciro de Freitas.
O presidente do Sinpol também informou acerca da última reunião com os representantes sindicais, quando surgiram várias propostas para dar força ao movimento de greve, dentre elas os policiais sugeriram carreatas e panfletagem na área central do plano piloto apresentando à população os motivos da paralisação dos policiais civis. Após a panfletagem, os policiais seguiriam em passeata até o MPOG.
“O fim de nossa mobilização depende da posição do governo. Não está em jogo nenhum tipo de negociação e sim efetivação. Temos de continuar lutando por nossos direitos. Nossa categoria tem história e tradição de enfrentar adversidades. O momento nos cobra coragem e união”, completou o vice-presidente da entidade Luciano Marinho.
Já o segundo vice-presidente André Rizzo afirmou que a categoria policial civil tem uma história de lutas e vitórias e não pode desistir enquanto não for atendida: “A categoria está insatisfeita com a falta de posicionamento do GDF. Tentamos uma reunião com o governo desde a semana passada e as portas estavam fechadas para nós, mas vamos permanecer nesta luta, pois fazemos parte de uma carreira forte e que não teme nenhum governo”.
O secretário de Regularização de Condomínios Wellington Luiz que mais uma vez esteve na assembleia demonstrando seu apoio aos policiais, reafirmou compromisso com a categoria e pediu uma deliberação referente à sua volta à Câmara Legislativa. Por unanimidade os policiais decidiram que este é o melhor caminho a ser seguido pelo então secretário. “Farei o que a minha categoria decidiu. Voltarei à Câmara Legislativa e continuarei defendendo os pleitos dos policiais civis como sempre fiz. Fui eleito por policiais civis, nada mais justo que atenda quem me elegeu”, disse Wellington.
Durante a assembleia, os Policiais Civis apresentaram várias propostas de manifestação que fazem parte do movimento paredista e, ao final, deliberaram a seguinte pauta:
Terça-feira (28): Concentração das 10h às 19h, em frente ao Departamento de Polícia Especializada (DPE).
Quarta-feira (29): A partir das 14h haverá distribuição de panfletos na região central, em especial na rodoviária do Plano Piloto, informando à população os reais motivos da greve dos Policiais Civis do DF. Logo depois, os policiais seguirão em passeata até o Ministério do Planejamento e Palácio do Planalto.
Quinta-feira (30): Assembleia Geral, às 15h, no estacionamento nº 6 do Parque da Cidade.
O Sinpol solicita a todos que permaneçam mobilizados e firmes nos propósitos que temos de alcançar. Qualquer nova informação sobre as negociações será repassada à categoria por intermédio de email e site da entidade. Todos devem ficar atentos e cumprindo os pressupostos da Cartilha de Greve.