Os Policiais Civis se reuniram nesta quinta-feira (26), em assembleia, em frente ao Palácio do Buriti para demonstrar a insatisfação da categoria contra o arrocho salarial do governo e o não cumprimento do acordo firmado com os policiais civis. Em seguida, a categoria fez carreata até o Ministério do Planejamento (MPOG), onde se encontraram com os servidores das demais carreiras típicas de Estado.

O presidente do Sinpol Ciro de Freitas iniciou a assembleia informando que durante o decorrer da semana foram feitos vários contatos com representantes das carreiras essenciais e, conforme deliberação da última assembleia, os Policiais Civis aderiram ao movimento conjunto com os outros servidores das carreiras típicas, para demonstrar a força dos profissionais do serviço público.

Ciro completou que a última melhoria salarial da categoria policial civil foi em 2006, sendo diluída em três anos. “Há mais de seis anos estamos com os mesmos vencimentos, sendo que vivemos em uma capital com um dos maiores custos de vida do Brasil. Isso é inaceitável”, destacou o presidente do Sinpol.

Após as explanações, Ciro informou à categoria acerca do falecimento do policial civil e diretor de políticas sociais do Sinpol, Marcos Lima, em decorrência de um acidente automobilístico, ocorrido na madrugada desta quinta-feira (26). Ele pediu também um minuto de silêncio como forma de prestar homenagem ao policial falecido.

Dando prosseguimento à assembleia, o presidente do Sinpol reiterou que o prazo para inclusão, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), dos recursos a serem investidos com os servidores é até dia 31 de agosto, sendo necessária uma mobilização forte, de forma que pressione o governo a atender as categorias.

O vice-presidente do Sinpol Luciano Marinho ressaltou que as negociações dos servidores já passaram por vários representantes do governo tanto local quanto federal. “O GDF afirma que os pleitos dependem da União, mas no plano de saúde, que é de exclusividade do Buriti, também não está havendo interesse para implementação”.

Já o vice-presidente André Rizzo também lamentou o falecimento do policial civil Marcos Lima e enfatizou que a profissão é de risco permanente e isso o governo parece não perceber. “Frequentemente vemos profissionais da Segurança Pública sendo mortos durante serviço e os governos não valorizam esse trabalho”, disse André.

Rizzo destacou ainda que o baixo efetivo está levando os policiais a um verdadeiro caos: “Nosso efetivo é o mesmo desde 1993 e vamos insistir neste pleito também, pois a categoria está desmotivada e sobrecarregada”.

O secretário de Regularização de Condomínios Wellington Luiz disse mais uma vez que, independente do cargo que ocupa, está ao lado dos policiais civis. “Onde a categoria estiver, apoiarei, pois meu compromisso principal é com os servidores da Segurança Pública, órgão do qual faço parte”.

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) Ubiraci Oliveira, também participou do movimento e parabenizou o Sinpol e os policiais pela luta incansável. “São profissionais que quando saem de casa para trabalhar, não sabem se voltam. Não faltam recursos para atender aos pleitos, o que falta é gestão governamental”.

Ao final, ficou deliberada uma nova assembleia para o dia 2 de agosto (quinta-feira) em frente ao Ministério do Planejamento (MPOG), às 15h. Nesta mesma data, o Sinpol e as demais entidades representativas de classe da Polícia Civil, serão recebidas pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério, Sérgio Mendonça. O resultado da reunião será divulgado imediatamente aos policiais que já se encontrarão no local.

Encontro no MPOG

Após a assembleia, a categoria seguiu em carreata ao Ministério do Planejamento, onde se encontraram com servidores de 27 carreiras típicas de Estado.

O presidente do Sinpol Ciro de Freitas parabenizou aos que compareceram ao movimento, uma vez que a união fortalece a todas as carreiras do serviço público.

O presidente do Sindepo Benito Tiezzi ressaltou que é preciso as categorias investigar e fiscalizar os recursos governamentais, já que não há uma justificativa clara para não atender aos anseios das carreiras.

Já o presidente da Adepol/DF, José Werick, disse que os servidores têm de responder ao governo com reciprocidade não aceitando as negativas. “Estamos sendo tratados com descaso. Lutamos pelos nossos direitos e faremos o possível para que eles prevaleçam”.

Após o encontro, os representantes das carreiras típicas de Estado se reuniram na Adepol e afirmaram que o movimento conjunto superou as expectativas de uma forma satisfatória. Diante disso, definiram uma grande manifestação para o dia 8 de agosto, às 15h, em frente ao Ministério do Planejamento. “Será o dia em que Brasília e o Brasil vão paralisar todas as atividades das carreiras que são essenciais ao Estado”, concluiu o presidente do Sinpol Ciro de Freitas.

Participaram da assembleia no MPOG, servidores das seguintes carreiras:

SINPOL/DF, SINDEPO/DF, ADEPOL/DF, ADEPOL/BR, APCF, ADPF, FENAPRF, SINDIFISCO NACIONAL, FEIPOL- CENTRO OESTE E NORTE, ABPC/DF, AACE, AFIPEA SINDICAL, ANADEF, ANEINFRA, ANER, ANESP, ANFIP, AOFI, ASSECOR, FENADEPOL, SINAIT, SINAL, SINDCVM, SINDITAMARATY, SINDSUSEP, SINTBACEN, UNACON SINDICAL e UNAFE.

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