Do Metrópoles
A Polícia Civil prendeu um homem acusado de feminicídio na noite de terça-feira (30/04/2019). Wanderley Pereira do Nascimento, 20 anos, é suspeito da morte da ex-companheira Patrícia Alice de Souza, 23, em janeiro deste ano, na Fercal.
O caso começou a ser investigado como homicídio, devido às circunstâncias do crime. Patrícia morreu com um tiro nas costas e, desde então, os autores estavam foragidos.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Laércio Carvalho, da 35ª DP (Sobradinho II), em 29 de janeiro, os criminosos atraíram a vítima para um local ermo e atiraram três vezes contra ela.
Além de Wanderley, um adolescente de 17 anos foi apreendido durante o cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão. O menor é suspeito de participar de outros homicídios e foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde permanece à disposição da Justiça.
A morte de Vanilma dos Santos, 30 anos, assassinada pelo marido em 5 de janeiro, foi registrada como o primeiro feminicídio do Distrito Federal em 2019. Agora, com a confirmação de que Patrícia foi vítima desse tipo de crime, o assassinato dela passa a ser o segundo relacionado a questões de gênero neste ano.
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.
Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileira.