Do Metrópoles
Um homem de 49 anos acusado de tentativa de feminicídio foi preso na manhã desta quarta-feira (1º/05/2019) por investigadores da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte). David dos Santos Cassimiro esfaqueou sua companheira em 13 de março deste ano na QNN 19 de Ceilândia.
De acordo com as investigações, o suspeito telefonou para a vítima no dia do crime e marcou uma data para tratar de um veículo de propriedade do casal. Ela teria se recusado a encontrá-lo e disse que só conversaria por intermédio de outra pessoa.
O filho do acusado foi até a casa da mulher. No meio da conversa, o homem apareceu com uma faca e passou a atacá-la.
“Ele conseguiu atingi-la com um golpe no rosto. Devido ao impacto, ela caiu no chão. As agressões cessaram somente com a intervenção do filho, que presenciou o delito”, detalhou o delegado da 19ª DP, Ricardo Bispo Farias. A vítima foi encaminhada para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e se recupera em casa.
Ao ser interrogado nesta manhã de quarta-feira, o homem negou o crime e disse que a mulher estava com a faca. Na versão, acrescentou que ela se machucou no momento em que ele tentou desarmá-la. A história não convenceu a polícia, que o manteve preso.
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.