Do Metrópoles
A partir de uma denúncia de desaparecimento de um jovem no Sol Nascente, em Ceilândia, policiais da 19ª DP identificaram três criminosos acusados de planejar a execução da vítima. Um vídeo feito pelos suspeitos levou a polícia ao corpo do rapaz, que foi assassinado com um tiro na cabeça.
As investigações tiveram início no dia 18 de março, quando a mãe de Eduardo Quintino dos Reis, 25 anos, registrou a ocorrência de sumiço do filho. Delegados e agentes fizeram uma vasta busca em Ceilândia, ouviram testemunhas e chegaram a uma gravação de áudio na qual os três suspeitos falavam sobre o crime. Nele, confirmavam que Eduardo tinha sido morto.
Os policiais mudaram a linha de investigação e chegaram até o mandante do homicídio: Maiko Leandro Pereira, 35. Ele foi preso, mas negou o crime. Com o suspeito, no entanto, os agentes encontraram um vídeo no qual os executores aparecem saindo de uma mata onde, supostamente, a vítima tinha sido enterrada.
Em um trecho da gravação, eles conversam e discutem se “dá para perceber” que um corpo está enterrado ali. Um dos suspeitos responde: “Tá de boa”, enquanto o outro pega folhas secas para jogar no local. As duas pessoas do vídeo foram identificadas pela polícia como Murillo de Lima dos Reis, 24, e Wanderson Macedo Pereira, 28.
“No dia 3 de abril, a nossa equipe, em conjunto com os bombeiros, foi até o local onde a vítima foi vista com vida pela última vez. Com ajuda do vídeo gravado pelos próprios autores, passamos a refazer os passos e chegamos ao local onde o corpo teria sido enterrado. Após seis horas de trabalhos, localizamos a vítima”, detalhou o delegado-chefe da 19ª DP, Jônatas Silva.
Nessa quarta-feira (10/4), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu Wanderson. Murillo segue foragido. De acordo com o delegado, a vítima tinha envolvimento com a criminalidade e foi executada com um tiro na cabeça.
A motivação seria uma arma de fogo que Eduardo ostentava antes de ser morto. O mandante do crime, Maiko, segundo os investigadores, queria o armamento e, então, teria encomendado o homicídio.
Agora, a polícia pede ajuda da comunidade para encontrar o último suspeito. As denúncias podem ser feitas por meio do telefone 197. Não é preciso se identificar.