A Polícia Civil investiga um homem de 53 anos suspeito de ameaçar e incitar a violência contra servidores do Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal. Ele usou as redes sociais para propagar mensagens de ódio contra médicos e enfermeiros do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Em uma das publicações em seu perfil do Facebook, o homem incentiva a população a começar a invadir unidades de saúde armados para matar os servidores. “Temos que matar uns quatro servidores, para moralizar o sistema da sáude pública”, diz outra mensagem. Ele cita ainda casos de invasões às escolas e afirma que “agora é a vez de invadir unidades de saúde”.
O suspeito fez fotos do interior do Pronto-Socorro do Hran e disse que o local estava sem enfermeiro e técnicos de enfermagem, também sem insumos e medicamentos. Questionado em suas redes sociais sobre as publicações, o homem diz que os profissionais da saúde estão cometendo crimes e saindo ilesos. “Chega de maltratar pacientes, idosos, portadores de deficiência. Os pacientes acamados estão impossibilitados de qualquer reação”, justificou.
Presidente do Sindicato dos Médicos do DF (Sindmédico), Gutemberg Fialho registrou um boletim de ocorrência contra o homem na noite de segunda-feira (8/4), relatando as ameaças e com cópia dos posts do suspeito, como prova. Em vídeo, Gutemberg diz esperar que as autoridades competentes tomem as providências necessárias. “Vamos aguardar”, completa. O caso foi registrado e está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
O Correio procurou a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom) para saber se o homem tem passagem pela polícia e se ele prestou algum depoimento após a denúncia, mas até o momento não há registros de declaração do suspeito.
Em uma das últimas postagens no Facebook, o homem publicou uma foto deitado em uma maca, aparentemente de hospital público e recuou nas ameaças. “Eu sou cristão católico, não pactuo com nenhum tipo de violência. Mas o que médicos e técnicos de enfermagem fizeram comigo ontem e hoje. É crime, e desumano para qualquer pessoa”, diz o texto.
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