Do Metrópoles
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), reuniu-se na tarde desta sexta-feira (1º/3) com o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Durante o encontro no Palácio do Planalto, foi discutido o encaminhamento do governo federal ao Congresso Nacional das medidas provisórias que garantem os reajustes da Polícia Civil (PCDF) e da Polícia Militar (PMDF) – esse último ainda não repassado pelo Palácio do Buriti.
“Ele foi muito tranquilo. Só ponderou comigo que a reforma da Previdência é o tema prioritário. A Presidência da República vai avaliar o melhor momento para enviar as propostas. Disse que mandará no momento certo”, afirmou o chefe da pasta de Segurança ao Metrópoles.
Sobre as negociações com a PM, Torres afirmou que o governo está trabalhando para fechar uma solução que agrade aos policiais e não afete tanto os cofres públicos. “Deixamos uma reunião marcada para o próximo dia 12. O salários deles é composto por muitas gratificações, mas estamos buscando o melhor cenário para encaixar os interesses de todos”, ponderou.
O gestor também garantiu a Bolsonaro que o Distrito Federal está preparado para eventuais manifestações no centro da cidade contra ou a favor da reforma da Previdência.
Ibaneis e Paulo Guedes
Na última terça-feira (26/2), o governador Ibaneis Rocha (MDB) esteve com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Acompanhado do diretor-geral da PCDF, Robson Cândido, e do secretário de Fazenda, André Clemente, o chefe do Executivo local foi levar às mãos do ministro de Bolsonaro o texto do projeto que viabiliza a paridade de salários entre as polícias Civil e Federal.
Deste movimento depende o reajuste prometido à categoria, já que os aumentos serão bancados pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal. O FCDF é abastecido pela União e leva em conta percentual sobre a receita corrente líquida do governo federal.
“É mais um passo em direção a um promessa feita em campanha. Aguardávamos este reconhecimento há muitos anos e estamos todos muito esperançosos de que tudo sairá de acordo com o compromisso que foi feito”, disse Robson Cândido.
Susto
O próprio governador diz que Guedes se assustou com o tamanho do percentual, 37%, previsto no reajuste para a Polícia Civil. Mas Ibaneis afirma que fez uma defesa do aumento em sua integralidade, ponderando que a melhoria será aplicada ao longo dos próximos três anos, sem margem para novas revisões durante o período.
“Também mostramos a enorme perda de poder aquisitivo da Polícia Civil nos últimos anos e a dificuldade de negociação com os governos anteriores. Além disso, reforcei que estamos focados em soluções para o aumento de receita e a diminuição de despesa”, contou Ibaneis ao Metrópoles.
O governador também assegurou ao ministro da Economia que não haverá sobrecarga para a União, pois o Governo do Distrito Federal (GDF) se compromete a fazer os aportes necessários para a concessão do aumento, o que significaria uma complementação dos cofres locais ao Fundo Constitucional.