Do G1 DF

Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta sexta-feira (8) o técnico Américo Gonçalves Pereira Júnior, suspeito de integrar a “máfia dos concursos”. Segundo as investigações, ele era responsável por aliciar estudantes para participar das fraudes. O G1 não conseguiu localizar a defesa dele.

Ele também é apontado como ex-porteiro do prédio de Bruno Ortiz, um dos chefes do esquema, tendo supostamente fraudado o concurso para a Secretaria de Saúde.

Atualmente, Pereira Júnior é técnico administrativo da secretaria, com renda mensal de R$ 2.145,50. Apesar de ter conseguido o cargo, a polícia diz que ele continuou atuando para cooptar mais participantes na máfia.

A Secretaria de Saúde informou que vai começar uma investigação preliminar para apurar o caso. “A pasta reforça, ainda, que não tolera irregularidades e que as devidas providências serão tomadas para esclarecer os fatos.”

Prisão preventiva

A prisão dele é preventiva – por tempo indeterminado. Ele foi detido no Hospital Regional de Santa Maria, quando chegava pra trabalhar.

Pereira Júnior foi alvo de condução coercitiva (quando o alvo é levado a depor) na primeira fase da operação Panoptes, em agosto deste ano.

Segundo a Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), houve “inconsistências” no depoimento dele, por ter dado informações falsas.

“Ele disse que conheceu Bruno Ortiz em 2015 e que não tinha contato com ele. Já a mulher dele disse que conheceu em 2012 e que eles eram amigos”, afirmou o delegado Adriano Valente.

Pereira Júnior vai ser indiciado por organização criminosa. A polícia informou que vai apurar se ele continuou agindo entre a primeira fase da Panoptes até este momento.

 

 

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