Do Correio Braziliense 

A Polícia Civil prendeu três pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato do empresário Lessandro Vilela Borba, 38 anos. Dono de uma das franquias da sorveteria Chiquinho, no Recanto das Emas e em Samambaia, ele foi morto com três tiros, um deles na nuca, na manhã de 10 de julho deste ano. No momento do crime, a vítima estava nas imediações do estabelecimento. A ex-mulher dele, Janaína Maria Rocha, 33 anos, com quem Lessandro tinha dois filhos, foi quem ordenou a morte.

Além da ex-mulher e do homem acusado de executar o empresário, Rafael Gonçalves Roriz, 35, policiais também prenderam o motorista do carro que deu fuga ao assassino, Victor Hugo Rodrigues Silva, 19. Para a polícia, Janaína teria encomendado o crime pois temia que, em um novo relacionamento, o ex-marido viesse a ter filhos e, caso morresse, os bens seriam divididos com a nova família.

A mulher tinha envolvimento amoroso com os dois comparsas e teria os convencido a cometer o crime sob o argumento de que sofreu muito com o Lessandro.Nenhum deles recebeu dinheiro para praticar o crime, embora ela tenha repassadoR$ 2 mil para que Rafael alugasse a arma usada para matar a vítima.

Informalmente, Janaína alegou que sofria violências e ameaças do ex-marido e, por isso, teria mandado matá-lo. “Você não sabe o que nós sofremos. Não só agressão e cárcere. Arma de fogo. Era nossa vida ou a dele. Até a pouco tempo eu estava sendo ameaçada. Criei os meus filhos sozinhos”, desabafou. Ela e os comparsas responderão por homicídio qualificado por motivo fútil e por não dar chance de defesa à vítima. A pena máxima é de 30 anos.

Entenda

Lessandro Borba foi assassinado por volta das 11h30, ao lado da sorveteria, que fica na Quadra 201/401, na avenida principal do Recanto das Emas. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu ao ferimento. À época, testemunhas do crime contaram à polícia que o suspeito, um homem alto e com tatuagem no pescoço, teria fugido em um Gol preto. Nenhum pertence da vítima foi roubado.

Lessandro era proprietário da sorveteria Chiquinho, de uma pizzaria que fica ao lado, e estava construindo outra loja às margens da mesma avenida para abrir uma franquia do Frango no Pote. Segundo comerciantes da região Lessandro havia se separado pouco tempo antes de ser morto, e já estava em um novo relacionamento.

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