Do Metrópoles 

rua, em Sobradinho, o colocou sentado encostado em um muro “chapiscado”. O atrito do corpo do motorista com a superfície irregular teria causado pequenos ferimentos pelo corpo do homem.

Perito particular

Desde a morte de Luís Cláudio, no dia 14 de julho, familiares dele contestam a tese de suicídio. Divulgaram, inclusive, fotos de ferimentos no corpo dele (veja abaixo). Ao saber do resultado do laudo, o advogado e primo do motorista informou que eles vão contratar um perito particular.

“O nosso objetivo agora é desmentir a Polícia Civil. Queremos, inclusive, acesso às fotos da necrópsia. Temos certeza que o Luís Claudio jamais tiraria a própria vida. Vamos lutar não só para limpar o nome dele, mas para garantir que isso não ocorra com mais ninguém”.

Em depoimento à corregedoria, uma testemunha contou que ficou na unidade das 15h30 às 18h30. Por volta das 18h, ela garante ter visto um escrivão sair de dentro da DP e dizer a seguinte frase para o atendente: “O cara tá ruim! Ajuda aqui, deu merda!”. Em seguida, afirmou, o delegado teria dito, também em voz alta: “Porra, já é a terceira vez que acontece isso aqui. Não dá para entender por quê”.

O caso é acompanhado de perto pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, pela Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, uma vez que havia a suspeita de que o homem teria sido assassinado por policiais.

Relembre o caso
Luís Cláudio morreu dentro da carceragem da 13ª DP, após ser detido por dirigir sob efeito de álcool. O carro que ele conduzia envolveu-se em acidente com o de um policial militar, por volta das 15h de 14 julho. Depois que o delegado plantonista da unidade arbitrou o pagamento da fiança para a família, um dos agentes da corporação foi até a cela e encontrou o motorista da Caixa sem vida.

De acordo com a Polícia Civil, o teste de bafômetro de Luís Cláudio apontou 1,35 miligrama de álcool por litro de ar expelido. Segundo o diretor-geral do Departamento de Trânsito (Detran), Silvain Fonseca, no DF há casos em que condutores foram flagrados com até 1,75 miligrama.

“São números que representam uma grande ingestão de álcool. Dependendo do biotipo do condutor, levando em consideração a massa muscular e o funcionamento do metabolismo, o efeito físico pode ser significativo”, ponderou.

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