Do G1-DF
Policiais encontraram suspeito com ‘skunk’ no bolso do jaleco. Segundo delegado, dentista vendia maconha geneticamente modificada para clientes de Águas Claras e Taguatinga.
Um cirurgião dentista que vendia Skunk – um tipo de maconha modificada geneticamente –, dentro do próprio consultório em Vicente Pires, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal nesta quarta-feira (21). De acordo com os policiais, ele tinha acabado de realizar uma venda e ainda guardava duas porções da droga no bolso do jaleco .
A Polícia Civil batizou a operação de Odontalgia, que significa dor de dente. Conforme a investigação, o tráfico acontecia no consultório, nos arredores da clínica e na casa do dentista, em Águas Claras. O trabalho dos policiais começou há dois meses, quando um estudante de aviação foi detido em Taguatinga com um quilo de Skunk.
“O que nos preocupa é a tendência de profissionais liberais estarem promovendo o tráfico”, disse o delegado da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), Rodrigo Bonach. A polícia ainda não sabe se havia relação entre o dentista e o estudante de aviação, mas disse que “provavelmente os dois suspeitos pegavam a droga do mesmo fornecedor”.
No carro do cirurgião-dentista, foi encontrada mais uma porção de skunk e na casa dele os policiais apreeenderam uma faca, que seria usava para cortar a droga, uma balança de precisão e dinheiro. A polícia também deteve o homem que havia acabado de comprar a droga, ele confirmou que o fornecedor era o dentista. Ao todo, foram apreendidos 70 gramas de skunk avaliado em R$ 1.400.
O dentista foi levado para a Cord e encaminhado para exame toxicológico, para ver se estava sob efeito de algum entorpecente. Segundo a polícia, não foi encontrado nenhum antecedente criminal contra ele que irá responder por tráfico de drogas e pode pegar de 5 a 15 anos de prisão. Também é possível que ele perca o registro da profissão no Conselho Federal de Odontologia, afirmou Bonach.