Do G1-DF

Levantamento mensal da Secretaria de Segurança foi divulgado nesta sexta. Outros 14 tipos de crimes considerados violentos diminuíram, segundo governo.

O levantamento mensal da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, divulgado nesta sexta-feira (9), mostra que os roubos em ônibus aumentaram 31% em relação ao mesmo período em 2016. Já os registros de estupro aumentaram 77% em comparação com o ano passado. Nestes casos porém, nem todos os crimes registrados aconteceram no mês de maio, informou a secretaria.

Por outro lado, o GDF considera satisfatória a queda em outros 14 tipos de crime. Segundo o levantamento, houve redução de 25% no número de crimes violentos letais intencionais, que são os considerados mais graves, em comparação com o mesmo período em 2016.

Já o número de homicídios caiu 24,5% em relação ao ano passado. Para o secretário de Segurança Pública, Edval Novaes, é importante ressaltar a queda por cinco anos consecutivos nos crimes violentos. “Desde 1992 não tínhamos uma queda tão grande”, afirmou.

Prevenção
O GDF diz que aposta em um trabalho multidisciplinar e coordenado entre as secretarias para a prevenção e redução da criminalidade. Especificamente sobre os casos de roubo em ônibus e estupro, as Secretarias de Mobilidade e da Mulher estão trabalhando junto com a Secretaria de Segurança para prevenir a criminalidade, explicou o governo.

A Secretaria de Mobilidade prepara ações para coibir o número de assaltos a coletivos. O secretário da pasta, Fábio Damasceno, explicou que os procedimentos com as empresas de ônibus, para o registro correto das ocorrências policiais, estão sendo padronizados.

Além disso, as câmeras de vídeo dos carros deverão enviar imagens imediatamente para a polícia, em caso de assalto. “Estamos em contato com as empresas de ônibus para que todos os veículos tenham o sistema de câmeras em pleno funcionamento.”

Damasceno disse também que está em andamento o uso de um aplicativo que terá um “botão de pânico” para situações de violência. Por meio deste aplicativo também será possível saber, em tempo real, onde os ônibus estão.

Violência Sexual
Quanto ao aumento de registros de estupro, foi detectado que a maior parte dos agressores era do círculo familiar das vítimas –como padrastos, tios, parentes e vizinhos. Segundo a representante da Secretaria da Mulher, Míriam Pondaag, as mulheres são dez vezes mais afetadas por crimes de violência sexual do que os homens.

“A idade média das vítimas ficou entre 12 e 15 anos, mas também foram registrados casos com crianças a partir dos seis anos.”

Para uma queda nessas estatísticas, o GDF aposta em ações de prevenção e na mudança da cultura familiar, para que as vítimas consigam registrar esse tipo de crime. “O trabalho de rede com a assistência social, saúde, rede de ensino e segurança é muito importante para a não naturalização da violência”, afirmou Míriam.

Filiação