Luta pela recomposição salarial e pela assistência à saúde deu a tônica da reunião da diretoria com os representantes sindicais nas bases| Fotos: Comunicação Sinpol-DF

A diretoria  do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) voltou a se reunir na tarde da última quarta, 20, com os representantes sindicais nas bases para discutir as demandas que se respaldam na valorização dos policiais civis do DF, em especial a garantia da recomposição salarial e a viabilização da assistência à saúde para a categoria.

O debate sobre o primeiro item ficou ainda mais acalorado depois que o governador Ibaneis Rocha anunciou, na última quinta, 14, o pagamento da terceira parcela de reajuste salarial aos servidores do GDF, um direito pendente há seis anos que será concedido no próximo ano.

A medida não inclui, porém, os servidores da Polícia Civil do DF (PCDF), uma vez que foi prometido um reajuste salarial parcelado e individual à categoria a fim de manter a paridade com a Polícia Federal. No início deste ano, foi aprovado um índice de 8% de reajuste, que está muito aquém da defasagem salarial enfrentada pela categoria.

“O anúncio do GDF em cumprir com o prometido e aguardado reajuste salarial dos servidores locais foi uma importante e merecida conquista para essas categorias”, pontuou Alex Galvão, presidente do Sinpol-DF. “Mas o governador também não pode esquecer do compromisso que ele tem e prometeu aos policiais civis do DF: a garantia da recomposição salarial”, completou.

Galvão destacou que mesmo que esse pleito não tenha avançado como esperado, outras demandas e direitos foram viabilizados pelo sindicato e impactaram direta e positivamente no bolso da categoria. “Trazer o GDF Saúde possibilitou, a uns, a adesão de quem não tinha plano de saúde e, a outros, ofereceu a possibilidade de migrar para um plano mais econômico e com uma vasta rede credenciada”, afirmou.

Galvão defendeu luta imediata pela derrubada do Veto 27, o que garantirá a assistência à saúde dos policiais civis do DF

Para o presidente do Sinpol-DF, a principal luta neste momento é garantir uma assistência à saúde integral e custeada pelo Fundo Constitucional para os policiais civis – condição que poderá ser viabilizada com a derrubada do Veto 27 quando entrar em pauta no Congresso Nacional.

“A nossa recomposição salarial é uma das nossas prioridades, mas não há possibilidade de isso acontecer neste momento, principalmente por causa da Lei Complementar 173, que vetou qualquer vantagem financeira aos servidores públicos até o fim deste ano”, frisa.

“Estamos trabalhando política e juridicamente para criar caminhos para que essa demanda seja atendida no próximo ano. O que está na linha de frente, agora, é garantir a derrubada do veto presidencial para atender a uma demanda histórica da nossa categoria”, assegurou Galvão.

Ainda durante a reunião, que durou pouco mais de três horas, os dirigentes e representantes sindicais ressaltaram a importância da categoria se unir e estar presente nas convocações realizadas pelo sindicato, sejam por mobilizações presenciais ou virtuais.

“Nós somos uma categoria que impacta politicamente em todas as instituições do DF. Sabemos da nossa importância e do nosso valor, por exemplo, para as eleições de chefe do Executivo e parlamentares. Mas toda essa relevância não tem peso se não estivermos unidos. Para que nós possamos avançar nas nossas pautas, precisamos estar alinhados e preparados para lutar juntos pelos nossos direitos”, explicou o presidente do Sinpol-DF.

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