Desde que o DF só tinha casos suspeitos, em fevereiro, sindicato alerta sobre a condição dos policiais civis do DF | Fotos: Arnon Gonçalves/Sinpol-DF

Da Comunicação Sinpol-DF

Com uma morte já registrada e centenas de casos diagnosticados na categoria, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) reitera a recomendação para que os servidores que contraírem o novo coronavírus registrem ocorrência de acidente de trabalho.

A medida visa garantir que tanto o policial civil quanto a família possam ser amparados pela lei que trata dos casos de acometimento de moléstias adquiridas em razão do trabalho. Além disso, é preciso que os servidores se resguardem uma vez que ainda não se sabe quais são os efeitos da doença a longo prazo entre aqueles que se curaram.

Desde fevereiro deste ano, quando o DF tinha apenas casos suspeitos, o Sinpol-DF vem alertando que a exposição dos policiais civis à COVID-19 é bem maior que a dos demais cidadãos, sobretudo pelas características do trabalho que desenvolvem – serviço essencial à sociedade.

Assim como os profissionais da saúde, os servidores da PCDF têm maior propensão ao contágio por coronavírus por manterem contato, diariamente, com um grande número de pessoas em todas as unidades da instituição: delegacias, postos policiais que funcionam dentro dos hospitais e nos sistemas penitenciário e carcerário.

E, em um público tão amplo, os policiais civis mantêm contato direto com pessoas que estão ou já estiveram contaminadas.

AMBIENTE DE TRABALHO

Contrair o vírus dentro da corporação, portanto, não é uma possibilidade remota: pelo contrário, basta vislumbrar o número de policiais já acometidos pela COVID-19; alguns deles, inclusive, desenvolveram os sintomas mais graves.

No caso do agente de polícia Geraldo Geovany Ribeiro Viana, o primeiro policial civil morto pela doença, a diretoria do Sinpol orientou a família dele a registrar ocorrência de acidente de trabalho na 4ª Delegacia de Polícia, localizada no Guará.

O mesmo foi feito nos casos do agente policial de custódia Francisco Wellington Mourão, que ficou hospitalizado por quase 40 dias (por quase 20, intubado), também por coronavírus, pois todas as circunstâncias apontam que a contaminação deu-se no ambiente de trabalho.

Desta forma, o Sinpol recomenda a todos policiais civis do DF, em atividade, que foram acometidos pela COVID-19 registrem uma ocorrência de acidente em serviço, na delegacia mais próxima.

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