Do Diário de Ceilândia 

Em comparação ao mês de outubro do ano passado, vários tipos de crime registrados no
Distrito Federal sofreram variação positiva, conforme levantamento do Sindicato dos
Policiais Civis do DF (Sinpol-DF).

Houve aumento dos casos de roubo a postos de gasolina, com avanço de 16,6%, e roubos em comércio, com ampliação de 7,7%. Os furtos de veículos subiram de 898 para 1.003 casos registrados e os latrocínios, na forma tentada, aumentaram de 20 para 25 casos. Os roubos em residência, por sua vez, passaram de 53 para 62 – uma variação positiva de 16%.

Se comparados a setembro deste ano, também houve aumento. O destaque fica para os casos  de homicídio, que avançaram 27,5%. Os roubos  a comércio continuam em curva ascendente, evoluindo de 134 para 167. Os roubos de veículos saíram de 321 para 394 casos registrados. Da mesma forma, o furto de veículos evoluiu de 429 para 455. Os roubos a postos de gasolina aumentaram em 84%.

Confira todos os números na relação abaixo.

“Ao contrário do que prega a Secretaria de Segurança Pública, não há diminuição da
criminalidade. Os números indicam uma variação mensal, ora para cima, ora para baixo,o que aponta uma constância, ao contrário de uma desejada curva descendente”, avalia o
presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco.

Segundo ele, entre as causas para o aumento da violência estão as equivocadas políticas de Segurança Pública implantadas pelo Governo do DF (GDF). Policiais civis têm sido escalados para fazer o trabalho da Polícia Militar com a conivência da direção-geral da Polícia Civil do DF (PCDF).

Por outro lado, a sensação de segurança, teoricamente planejada pela SSP, não irá
reverter enquanto houver a permissão velada para que os policiais militares continuem
tentando fazer o papel da Polícia Civil, que é a investigação. Além de multiplicar os militares que trabalham sem farda e sem viatura caracterizada, o comando da PM insiste em manter viaturas novas estáticas em áreas verdes e calçadas.

“O déficit no efetivo da PCDF não tem permitido o avanço das investigações – elemento que, de fato, mantém os criminosos encarcerados. A insatisfação dos policiais civis em virtude da falta de recomposição salarial é mais um ingrediente que desmotiva a permanência em atividades fora do horário regular, à noite e aos finais de semana, fator imprescindível na atividade-fim da PCDF”, frisa o presidente do Sinpol-DF.

Comparativo do registro de crimes no DF em outubro de 2016 e outubro de 2017

Roubos a postos de gasolina
Outubro/16: 30
Outubro/17: 35
Variação: 16,6%

Roubos em Comércio
Out/16: 155
Out/17: 167
Aumento: 7,7%

Furtos de Veículos
Out/16: 898
Out/17: 1.003
Variação: 11,7%

Homicídios
Out/16: 51
Out/17: 51

Latrocínios
Out/16: 3
Out/17: 4

Latrocínios Tentados
Out/16: 20
Out/17: 25
Aumento: 25%

Roubos em Residência
Out/16: 53
Out/17: 62
Variação: 16%

Homicídios
Setembro/17: 40
Outubro/17: 51
Aumento: 27,5%

Roubos em comércio
Set/17: 134
Out/17: 167
Aumento: 24,6%

Latrocínios
Set/17: 3
Out/17: 4

Roubos em residência
Set/17: 60
Out/17: 62

Roubos de veículos
Set/17: 321
Out/17: 394
Aumento: 22%

Furtos de veículos
Set/17: 429
Out/17: 455
Variação: 6%

Roubos a postos de combustíveis
Set/17: 19
Out/17: 35
Aumento: 84%

Sinpol-DF – O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) foi criado em 19 de dezembro de 1988 e, ao longo dessas quase três décadas, firmou-se como a entidade
representativa da carreira que integra a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Conforme
estabelecido no Estatuto Social, o Sinpol-DF atua na coordenação, defesa e representação
legal dos agentes de polícia, escrivães, agentes policiais de custódia, peritos criminais, peritos médicos legistas e papiloscopistas policiais.

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