Do Correio Braziliense

Os policiais civis do Distrito Federal decidiram, em assembleia ocorrida na tarde desta terça-feira (14/11), esperar mais uma semana pela resposta do governo local (GDF) referente ao aumento salarial reivindicado pela categoria, de 37%, o mesmo concedido à Polícia Federal. O aumento seria parcelado em três anos: 2016, 2017 e 2018, mas até agora não foi concedido. A categoria atendeu ao apelo do líder do governo na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Agaciel Maia (PR), que propôs ao Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF) uma reunião com representantes do Executivo local. Com isso, até o momento, não há nenhum movimento de paralisação marcado para acontecer nas delegacias da capital federal.

Uma nova assembleia ficou pré-agendada para a próxima semana. A data, horário e local serão divulgados posteriormente pelo Sinpol-DF.

O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, considera que esse é o momento de tentar avançar nas negociações com o apoio da CLDF. “Durante as mobilizações desenvolvemos algumas articulações junto à CLDF e o deputado Agaciel Maia entende que há uma margem de negociação no orçamento do GDF. Então, estamos dando esse crédito ao líder do governo para mostrar que a categoria sempre esteve em busca do dialógo e de uma pacificação dessa questão, sem deixar de abrir mão da nossa luta”, destacou Franco.

Protesto

Os policiais também decidiram esquematizar um protesto nas principais vias do Distrito Federal. Na ocasião, agentes vão ficar a postos em algumas rodovias com cartazes reinvindicando o reajuste salarial. “Queremos dizer para a população que o sucuteamento da Polícia Civil é responsabilidade do governador”, explicou Franco. A intenção é fazer o ato na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), via estrutural, Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), dentre outras.

Paralisações

Para pressionar o governo a dar avanços nas negociações, os policiais civis já paralisaram as atividades nas delegacias em duas ocasiões neste ano. Na primeira, em 30 de outubro, os agentes pararam por 24 horas e somente registraram flagrantes e ocorrências graves como homicídio, latrocínio e estupro. Em 1º de novembro ocorreu o mesmo movimento. Nesta vez, a categoria realizou piquetes nas portas das delegacias.

O Sinpol-DF reivindica que, desde 2009, houve uma defasagem de 53% da remuneração salarial dos servidores. Naquele ano, a categoria recebeu a última parcela do reajuste. A estimativa é que em 2018 a redução seja de mais 3%. A última reunião dos servidores com o governo aconteceu em agosto. Na ocasião, o governador se comprometeu a receber a categoria após a votação do projeto da reforma da previdência do DF – que ocorreu em 27 de setembro – mas ainda não os recebeu.

 

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