Reunião GT Escrivães de Polícia - Paulo Cabral (5)
Proposta desenhada pelos escrivães será apresentada na reunião do GT desta quinta, 27 (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Foi finalizado nesta segunda, 24, o ciclo de reuniões organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) para construir a proposta de redefinição das atribuições dos cargos.

A sessão foi dedicada aos escrivães, que desenharam o documento a ser apresentado próxima reunião do Grupo de Trabalho (GT) composto por representantes do Sinpol-DF e da Polícia Civil do DF (PCDF) que ocorre nesta quinta, 27.

O grupo que veio à sede do sindicato na Asa Norte foi guiado pelo secretário geral Paulo Roberto Sousa, e pela 1ª secretária, Celma Lima. Eles abriram as discussões explicando a função do GT e a importância da redefinição das atribuições da carreira da PCDF.

A redefinição das atribuições é uma reivindicação antiga da categoria e terá grande impacto, sobremaneira, no dia-a-dia dos policiais, pois tudo o que eles fazem na prática será normatizado.

“A intenção é que as atribuições que estamos redefinindo devem ser transformadas em Lei Federal, uma vez que compete à União organizar e manter a Polícia Civil do DF”, disse Paulo Sousa.

A aprovação de uma lei nesse sentido, de acordo com o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, o Gaúcho, dará mais segurança à categoria. “Hoje, as nossas atribuições estão apenas no regimento interno da PCDF. Uma lei federal nos dará mais segurança, pois somos regidos pela União”, afirma.

Os cargos ouvidos anteriormente foram, respectivamente, os agentes policiais de custódia, os papiloscopistas e os peritos criminais e os agentes de polícia.

CONSTRUÇÃO COLETIVA

Essa é a segunda vez que o Sinpol-DF reúne os policiais para ouvir as sugestões para o GT. Isso já havia ocorrido no ano passado, mas a diretoria decidiu realizar novamente para fechar uma proposta mais atualizada possível.

O escrivão de polícia Janduí Pinto Júnior, 47, lotado na Ceflag da 27ª Delegacia de Polícia, diz que a reunião foi produtiva e o resultado contempla a categoria de forma positiva.

“Esse documento já vem sendo analisado há algum tempo e isso facilitou nosso trabalho. Acrescentamos alguns pontos necessários ao texto e acho que a categoria vai ficar satisfeita”, diz Janduí.

Apesar de demonstrar entusiasmo com o encontro, o escrivão lamentou a falta de engajamento dos policiais, uma vez que a adesão à reunião foi baixa. “Gostaria de ter visto muitos escrivães defendendo suas ideias, mas não foi isso que aconteceu. Para o crescimento de uma categoria, é preciso haver mais participação”, pondera.

Luís Cláudio Pinheira da Cruz, 48, outro escrivão lotado na Comissão Permanente de Disciplina da Polícia Civil, concorda com o colega. “Uma parcela muito pequena dos escrivães compareceu. Para que o processo avance, além de participar, o escrivão precisa conhecer o que tem que fazer por dever normativo”, avalia.

O escrivão elogiou a atitude do Sinpol-DF de convidar a categoria para participar do processo de redefinição das atribuições. “Assim como os congressistas são eleitos para ser a voz do povo no Congresso Nacional, quando o sindicato chama a categoria para participar, ele está se colocando nessa posição, sendo a categoria o nome de sindicato”, pontua.

Luís é um dos representantes dos escrivães no GT, cuja próxima reunião, nesta quinta, 27, tratará das atribuições desse cargo. Ele espera que o documento trabalhado nesta segunda seja acatado integralmente.

“Ainda que existam espaços de negociação, os principais pontos que discutimos aqui devem ser mantidos. Espero que o grupo de trabalho entenda que este documento finalizado hoje representa o que a categoria de fato deseja”, pondera.

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